Guerreiro de Rua

Guerreiro de Rua

Quando me converti observava pastores irmãos como modelo de vida bem diferente do que eu vivi. Achava que este modelo de vida como forma de andar, de vestir e de falar era o essencial para se caracterizar crente.

Com isso fui deixando de lado, o meu estilo negro de ser, os gostos pelo estilo musical, que na verdade ao invés de me ajudar me atrapalhava, porque eu estava diferente não para melhor, estava sem drogas, fora do mundo mas não era eu mesmo, estava tentado ser quem eu não era só para ser crente.

Me senti um traidor do meu povo durante muito tempo achando por ser crente eu tinha que ignorar a periferia e seu cotidiano, achando que eu tinha que me sentir mal com as roupas que vestia e com o jeito que eu falava, além de me sentir isolado do contexto social da igreja eu me sentia o lixo no meio do luxo!

As pessoas eram diferentes, mas eu não queria me afastar de Jesus e para isso eu tinha que suportar os irmãos indo à igreja apresentando as suas roupas e carros novos, se exibindo com suas mega ofertas, enquanto eu dizimava uma vez por mês devido que, eu só via o dinheiro uma vez ao mês, como eu era diferente.

Mas entendi que Igreja é construída nas diferenças e que eu poderia ser eu mesmo, pois o que importava não era o que eu podia apresentar, mas o que eu poderia ser em Deus, do meu jeito e estilo Deus poderia falar através de mim.

Então passei a não me importar com que os outros pensavam de mim, se não me cumprimentavam devido ao meu estilo ou jeito, entendi que às vezes posso não ser importante para as pessoas, mas importante para Deus e que a igreja o lugar de congregar, poderia estar repleto de egoístas, sínicos e fariseus que não tinha problema, pois eles estavam ali para se consultarem com o Senhor, se seriam curados ai é outra história. Só sei que até hoje eu quero cura, tem muita coisa para mudar, mais uma eu venci que é o questionamento qual é o melhor lugar para congregar; é onde existe o doente, mas onde realmente Jesus atende!